Epígrafe

Da leitura provém alguma coisa sobre a qual não consigo ter poder. Eu poderia lhe dizer
que esse é o limite que a mais onipresente das polícias não consegue em absoluto transpor.

Calvino

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

“Biografias de Artistas Modernistas”















Após a formação dos grupos de trabalho e a seleção dos artistas a serem pesquisados: dois escritores: Manuel Bandeira e Carlos Drummond Andrade, dois pintores: Van Gogh, precursor dessa pintura, e Tarsila do Amaral_ realizamos pesquisa no LTE da escola sobre a biografia de cada um deles, a fim de analisarmos a estrutura e conteúdo dos textos apresentados em cada site. Realizadas as primeiras pesquisas criamos uma pasta para cada grupo, selecionamos e organizamos a primeira versão da biografia. Voltamos ao LTE da escola, revisamos o texto arquivado e fizemos novas pesquisas. Feitas as devidas alterações, socializamos as produções para toda a turma no “Seminário Biografias de Artistas Modernistas”, quando cada grupo pode também relatar sobre essa experiência de pesquisa na internet e produção de texto _ 9º Ano “B” da EMEF Benedito Barreto do Nascimento.

Grupo: Adriana Silva Santos, Anagélica do Nascimento, Josélia Morais de Oliveira, Mônica Santos Silva, Simone Almeida de Jesus
Biografia de Tarsila do Amaral
Tarsila do Amaral nasceu em 1º de setembro de 1886, na Fazenda São Bernardo, município de Capivari, interior do Estado de São Paulo. Filha de José Estanislau do Amaral e Lydia Dias de Aguiar do Amaral. Era neta de José Estanislau do Amaral, cognominado “o milionário” em razão da imensa fortuna que acumulou abrindo fazendas no interior de São Paulo. Seu pai herdou apreciável fortuna e diversas fazendas nas quais Tarsila passou a infância e adolescência.
Estuda em São Paulo no Colégio Sion e completa seus estudos em Barcelona, na Espanha, onde pinta seu primeiro quadro, “Sagrado Coração de Jesus”, aos 16 anos. Casa-se em 1906 com André Teixeira Pinto com quem teve sua única filha, Dulce. Separa-se dele e começa a estudar escultura em 1916 com Zadig e Mantovani em São Paulo. Posteriormente estuda desenho e pintura com Pedro Alexandrino.
Em 1920 embarca para a Europa objetivando ingressar na Académie Julian em Paris. Frequenta também o ateliê de Émile Renard. Em 1922 tem uma tela sua admitida no Salão Oficial dos Artistas Franceses. Nesse mesmo ano regressa ao Brasil e se integra com os intelectuais do grupo modernista. Faz parte do “grupo dos cinco” juntamente com Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti del Picchia. Nessa época começa seu namoro com o escritor Oswald de Andrade. Embora não tenha sido participante da “Semana de 22” integra-se ao Modernismo que surgia no Brasil, visto que na Europa estava fazendo estudos acadêmicos.
Volta à Europa em 1923 e tem contato com os modernistas que lá se encontravam: intelectuais, pintores, músicos e poetas. Estuda com Albert Gleizes e Fernand Léger, grandes mestres cubistas. Mantém estreita amizade com Blaise Cendrars, poeta franco-suiço que visita o Brasil em 1924. Inicia sua pintura “pau-brasil” dotada de cores e temas acentuadamente brasileiros. Em 1926 expõe em Paris, obtendo grande sucesso. Casa-se no mesmo com Oswald de Andrade.
Em 1928 pinta o “Abaporu” para dar de presente de aniversário a Oswald que se empolga com a tela e cria o Movimento Antropofágico, importante movimento cultural. Em 1929 expõe individualmente pela primeira vez no Brasil. Separa-se de Oswald em 1930.
Em 1933 pinta o quadro “Operários” e dá início à pintura social no Brasil. No ano seguinte participa do I Salão Paulista de Belas Artes. Passa a viver com o escritor Luís Martins por quase vinte anos, de meados dos anos 30 a meados dos anos 50. De 1936 a 1952, trabalha como colunista nos Diários Associados.
Nos anos 50 volta ao tema “pau brasil”. Participa em 1951 da I Bienal de São Paulo. Em 1963 tem sala especial na VII Bienal de São Paulo e no ano seguinte participação especial na XXXII Bienal de Veneza e em 1969 o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro inaugurou uma grande exposição de sua obra: 50 Anos de Pintura. O quadro “Abaporu” bateu o recorde de preço de uma obra brasileira, estando situado hoje na Argentina.
Em decorrência de complicações pós-operatórias, faleceu em São Paulo, no dia 17 de janeiro de 1973. Desaparece aos oitenta e três anos a pintora que, presa desde 1965 a uma cadeira de rodas, não abandonou um momento sequer os pincéis e as telas; seu ultimo quadro talvez tenha sido "A Fazenda", preparado especialmente para uma recente exposição comemorativa do cinquentenário da Semana de Arte Moderna.
Considerada uma das mais importantes artistas brasileiras_ Tarsila _ que, embora tenha tido uma curta carreira, criou obras de expressão inigualável para a arte moderna no Brasil. Um exemplo delas é o Auto-retrato ou Manteau Rouge – pintado em 1923, depois de um jantar em Paris, em homenagem a Santos Dumont, ao qual Tarsila foi com uma maravilhosa capa (Manteau Rouge, em francês, significa casaco, manto vermelho). Além de linda, usava roupas muito elegantes e exóticas, e sua presença era marcante em todos os lugares que freqüentava.

REFERÊNCIA DE PESQUISA:
http://www.tarsiladoamaral.com.br/biografia.htm
http://www.suapesquisa.com/biografias/tarsila_amaral.htm
http://www.pintoresfamosos.com.br/?pg=tarsila

Um comentário:

Tics -Avanço na Educação disse...

Lucineide vc. tem um belíssimo trabalho, torna-se uma questão de honra sua divulgação, pois sugere e estimula a quem deseja melhoria na prática de ensino-aprendizagem, mostrando o quanto é importante a inserção da escola à ferramentas de trabalho renovadas! Parabéns!